Economia

Dia das Mães: economista diz que \'mercado ainda é um paciente saindo da UTI\'

Empresários do comércio desaceleram projeções otimistas e data deve ter desempenho melhor, porém não surpreendente

 

“O Dia das Mães deve apresentar um desempenho melhor do que aquele observado dos últimos anos, que foram anos de crise. Porém, nada surpreendente”. É o que afirma o professor de Economia da IBE Conveniada FGV, Anderson Pellegrino, sobre a expectativa do comércio para a segunda data mais importante do ano.

Segundo ele, o cenário ainda é de recuperação e “uma recuperação mais lenta do que esperávamos, ou até gostaríamos”.
 
Não é à toa que os empresários do varejo vêm dando sinais de piora na expectativa de investimentos e resultados para o setor.
 
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas variou - 0,1 ponto, passando a 96,7 pontos, a primeira queda depois de sete altas consecutivas.
 
Na mesma direção, o IEC (Índice de Expansão do Comércio), calculado pela Fecomércio para medir a propensão do investimento do empresário, também apontou uma redução de - 0,3 ponto este mês.
 
O Boletim Focus do Banco Central também revelou a tendência vagarosa da economia. No começo de março, a previsão decrescimento do PIB era de 2,90% para 2018. Agora, no fim de abril, o mercado rebaixou a previsão de crescimento do PIB brasileiro para 2,75%.
 
Há uma tendência de melhora, porém longe de ser um resultado espetacular característico de uma economia em franco crescimento. “A gente ainda é um paciente saindo da UTI”, declara o professor.
 
Estimativa da Associação Comercial e Industrial (ACIC) aponta que o crescimento deve ser de 3,64%, o que deve injetar na economia quase R$ 444 milhões a mais do que em 2017, somente em Campinas. Em toda região, o incremento deve passar dos R$ 660 milhões.
 

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