Coluna

Alegorias

A poesia grudou no céu da minha boca, na minha língua solta,

nos meus lábios secos.

Ai de ti!

Não me olhes!

Não me beijes!

Ou te tornarás um verso avesso,

o espelho de minh’alma inversa,

nas estrofes tortas de teu corpo travesso, que se atravessa,

que se arremessa sem pressa,

refletido em mim.

Em mim.

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